sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Reticências



O amor é apenas um adiamento do sofrimento...

"Mantenha a calma", todos dizem...

Porque só o tempo pode curar.




O tempo pode curar, mas e a ausência que fica?

Temos que compensar em outras relações?

E aquele toque, afago, carinho, momentos que passaram ou que foram planejados...




O amor, independente da relação humana que tenha ou esteja, é um adiamento do sofrimento.




Se você parar para pensar, é isso e ponto.

Nascemos sozinhos, morreremos sozinhos. Ninguém vai junto, a não ser que sejam siameses, porém, não convêm na minha dialética emotiva.




Nossas relações nos mantém vivos, sinérgicos, com a vibração positiva e excêntrica.




Pais, irmãos, parentes, amigos, colegas são os responsáveis por esse sentimento louco e gradativo.




Gradativo, porque nada é constante e, ao longo do tempo, é construído, moldado, um sentimento que, quando fica, dificilmente é esquecido ou deixado de lado. Afinal, quando você ama, você é cativado e cativa também, e parte de você fica na pessoa e parte da pessoa fica em você. É uma troca. Não digo modulado, pois, nada vem pronto e definido.




Somos humanos e nossas relações são inconstantes e instáveis. Têm dias que se gosta, têm dias que se apega, têm dias que se danem as definições. O mundo tem dias, os dias tem previsões, por que você não teria tais estações dentro de si?




Ultimamente, não vejo uma linha tênue no qual divide se o amor é definido entre um sentimento ou uma atitude. Esse sentimento ou atitude causa dependência - isso não nego! -, porém, ademais, uma dependência de outrem, para que o amor exista e permaneça.




A compreensão para isso vai além de uma relação, pois, esta nos absorve e nos envolve de uma maneira que nem especialistas sobre o assunto compreendem quando começa um amor. Posso ter sentido uma paixão, um "amorzinho" leve, entretanto, o que seria das paixões se não fossemos efêmeros e amorosos naqueles dias...




Podemos ter motivos para esquecermos de amar, mas não há razões que impeçam de deixarmos de amar.