domingo, 15 de junho de 2014

Disfarce

É engraçado como meus sonhos e metas crescem numa proporção bem maior que você os vê...
É engraçado como meus desejos são diferentes dos seus...
É engraçado como você tem medo ainda de namorar, viver junto, estar junto, crescer juntos, união...
É engraçado que, por mais recente, é tarde dizer "chega" ou "não quero mais"...
É engraçado como você e eu fomos audaciosos...
É engraçado como você me cativou e, assim, eu o cativei...

É engraçado como você assimila o espírito conjunto nesse seu mundo só seu, em que o egoísmo domina e tudo, que você supõe estar certo, só está certo nesse seu mundo...
É engraçado como você vive o presente por experiências passadas; e eu, vivo o presente pensando no futuro...
É engraçado como você sonha sem dar os primeiros passos...
É engraçado como você quer crescer só com sonhos e, como eu quero crescer só com vontades...
É engraçado como você mudou e tem mudado...

É engraçado como você me ignora, mesmo querendo saber o que estou fazendo, onde estou ou como estou...
É engraçado como você sente quando eu mudo...
É engraçado como você, em momentos de fúria, fala sem pensar, fala o que quer, fala besteira sem ao menos sentir se vai machucar a mim ou as consequências disso...
É engraçado como você é rude sendo carinhoso, ignorante sendo romântico, chato sendo presente, idiota sendo engraçado...

É engraçado como você, depois disso tudo, ainda quer viver do meu lado, ainda me abraça dormindo, ainda cruza as suas pernas nas minhas, ainda se preocupa nas minhas refeições, ainda quer saber como estou, ainda me quer...

É engraçado que eu, também, o quero bem perto de mim!

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Negligência de uma Rotina

Difícil, difícil, é narrar a monotonia do Amor. O Amor não se força, não se escreve sozinho, antes deixa que o narrem com tempo, com serenidade e carinho. O sentimento Amor é vivido conjuntamente e lealmente. 


Amor é palavra que brota do silêncio quando ninguém se atreve a falar. 
Amor é um relato que não se estuda ou decora, antes se veste como um mérito, uma bênção reclamada espontaneamente pela cumplicidade, lealdade, convicção e enamoramento. Não se sabe de onde vem ou como e quando se começa a instalar, mas a verdade é que a sua força é devastadora e difícil de ignorar.


E eu, aqui, apaixonado, com o coração repleto de amor, com os olhos abertos para um mundo mágico que nem sabia existir, consciente de tudo quanto me rodeia, a viver sob um céu mais azul desde que te conheço, constato, agora, a dificuldade que é narrar a monotonia do amor. 


No Amor, não interessa se é o primeiro, ou o melhor; nunca se é o único. 

Por isso, lealdade, ao contrário, de fidelidade! 


O Amor é singelo e é essa humildade e generosidade, esse altruísmo que se renova constantemente em sorrisos naturais e espontâneos que se pode arrogar o mérito de ser alicerce dos amores mais genuínos, mais verdadeiros.


O Amor resgata-nos à solidão e renova-nos o ser. O Amor resguarda-nos e, ao mesmo tempo, projeta-nos refletindo o melhor de nós. O Amor torna-nos mais doces, ao mesmo tempo que nos torna mais fortes. O Amor projeta-nos a alma, que escondíamos na timidez e no conforto da nossa imaginada consciência de ser. O Amor enaltece as grandezas que nos rodeiam e torna-nos melhores. 

Somos melhores com o amor!!

O Amor é mais difícil de escrever que a monotonia da serenidade não se gosta de exibir, mas, a verdade, é que não me canso disso...


A integridade dos sentimentos reforça-nos o ser, pois que, ainda que ninguém o consiga explicar, o amor, sim, é uma história mais difícil, porém, igualmente digna de se ler.


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Amanhã será outro dia...

Um dia após o outro e, após outro...

Não é difícil escrever as tristezas. Difícil é tolerá-las, aguentar calado e deixar cair na rotina...


Rolam como lágrimas desalmadas que, aconchegadas no canto do olho, saltam para o mundo sem pudor. Rolam como um grito calado - por trás de um travesseiro - para que o mundo não lhe note ou, talvez, seja confundido com uma buzina confusa misturada ao tráfego de uma tarde noite...


A angústia escreve-se sozinha, não chega a ser uma espécie de relato, antes um lamento, que se ouve baixinho, e ao longe como quando se vela o infortúnio.
A dor dispara para todos os lados, sem olhar a quem, apenas sabe que se suporta melhor acompanhada e, oferecida, gosta de exibir os dotes sem deixar ninguém indiferente.


Escrever tristezas é como soltar a alma para os dedos e deixar que estes projetem o que não conseguimos calar. Possuindo e personificando vida. Há uma facilidade arrebatadora em nos rasgarmos em pedaços e, em seguida, soltarmos ao vento todos os fragmentos da nossa dor. O dilema menor da tristeza é como se espalhar, como persistir.  Crescemos cicatrizados, mas a dor retorna! Não há serenidade na dor, antes um resignado definhar ao tumulto dos medos e ansiedades que nos habitam às sombras.


Dilacerados sabemos que sobreviveremos. E, que as desgraças têm sempre prazo de validade. 



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sexta-feira, 6 de junho de 2014

Ao "Final Feliz", minhas desculpas!



Eu discordo!
Discordo dessa história de que só é amor se for para sempre...


Digo: quem estabeleceu um limite para paixão e amor?
É sensato que paixão é uma forma de prazer instantâneo e amor é a forma de prazer duradouro, eterno. 
Quando um sentimento é gradativo e constante, talvez, a paixão esteja se comprometendo demais e, assim, o amor aparece. Pode até viver para sempre, ali quietinho em algum canto do peito, porém, é sensato que o momento ocorreu num passado. O sentimento vive.

Contudo, histórias começam e terminam e não é justo dizer que não houve amor. Não é justo achar que elas não deram certo ou que era a pessoa errada. Afinal, quem sou eu para julgar algo!
O amor da sua vida, nem sempre é a que você casa e forma uma família. Nem sempre. Porém, não quero entrar em detalhes de aspectos etimiológicos, é preciso adaptação, além do propriamente dito, sentimento. Pessoas se perdem, pessoas se encontram, é natural. 

Tropeços? Todos temos! Por isso, adaptação. A solução: engolir sapos! Engula quantos forem preciso!Apaixonar-se e depois "descartar" não é algo sucestível de comprovar amor, seja por qualquer motivo, porque não houve compatibilidade de pensamento, ou não houve confiança, ou, quando começou a morar junto, pode comprovar que a meia suja de outro(a) jogada no seu travesseiro era sinônimo de intolerância. Há quem diga o teste dos três meses, outros falam mais. Mas, o que importa não é a frequência e períodos que você passou com determinada pessoa, e sim, quão profundo foi o que você sentiu ou sente.
Por outras, falaria aqui para lutar pelos seus sonhos e ir fundo para mostrar o quanto você gosta dele/dela. Apenas, reflita e, dedique-se a viver sua vida! Viva! 

Eu acredito em amor com alguns poucos meses de relacionamento. Também, acredito em uma relação de amor que foi construída em anos. Amores mais bonitos do que alguns de anos, amores de outras vidas, escorrendo pelos poros. Sem esse papo de que tudo recente é paixão e amor é rotina. 


Paixão é carne, amor é alma, independente do tempo. 


Odeio quem teima em rotular o que o outro está sentindo, mal sabe o que é quem tem no peito, na cabeça ou nos sentimentos. 
Tudo que nos faz feliz dá certo, mesmo que por um dia, uma semana, um mês. Tudo faz crescer, deixa o jardim mais bonito no fim das contas. Lógico, saiba conduzir o "seu jardim". Só nascerão frutos bons e gostosos se você possuir uma identidade forte e consistente. E quem é esse tal de pessoa certa, afinal?
Ninguém é errado, somos todos vítimas de encontros e desencontros. Seu certo não me agrada e vice-versa. 
Há os que possuem mania feia de jogar tantos dias incríveis no lixo, isso em segundos! Depois, a mágoa chega. Fez-te chorar, mas te fez sorrir tanto, foi bom enquanto durou, foi certo e só, foi. Só passou e isso não quer dizer nada. Estupidez!

Sou da mania chata de relacionar amor com contos de fadas e o maldito feliz para sempre. Preciso aceitar a realidade! Normalmente, parece que a felicidade e o amor não andam de mãos dadas...
Afinal, a utopia do "Final Feliz" não é enquadrada em nenhuma realidade. Só quando um companheiro morre e o outro vive, ou os dois morrem. Igual a vida de meus avós! Foram muito fofos.



Se Amor se relaciona com Felicidade, então, sem complemento, sem prazo. Nem sempre, sem fim.