sexta-feira, 6 de junho de 2014

Ao "Final Feliz", minhas desculpas!



Eu discordo!
Discordo dessa história de que só é amor se for para sempre...


Digo: quem estabeleceu um limite para paixão e amor?
É sensato que paixão é uma forma de prazer instantâneo e amor é a forma de prazer duradouro, eterno. 
Quando um sentimento é gradativo e constante, talvez, a paixão esteja se comprometendo demais e, assim, o amor aparece. Pode até viver para sempre, ali quietinho em algum canto do peito, porém, é sensato que o momento ocorreu num passado. O sentimento vive.

Contudo, histórias começam e terminam e não é justo dizer que não houve amor. Não é justo achar que elas não deram certo ou que era a pessoa errada. Afinal, quem sou eu para julgar algo!
O amor da sua vida, nem sempre é a que você casa e forma uma família. Nem sempre. Porém, não quero entrar em detalhes de aspectos etimiológicos, é preciso adaptação, além do propriamente dito, sentimento. Pessoas se perdem, pessoas se encontram, é natural. 

Tropeços? Todos temos! Por isso, adaptação. A solução: engolir sapos! Engula quantos forem preciso!Apaixonar-se e depois "descartar" não é algo sucestível de comprovar amor, seja por qualquer motivo, porque não houve compatibilidade de pensamento, ou não houve confiança, ou, quando começou a morar junto, pode comprovar que a meia suja de outro(a) jogada no seu travesseiro era sinônimo de intolerância. Há quem diga o teste dos três meses, outros falam mais. Mas, o que importa não é a frequência e períodos que você passou com determinada pessoa, e sim, quão profundo foi o que você sentiu ou sente.
Por outras, falaria aqui para lutar pelos seus sonhos e ir fundo para mostrar o quanto você gosta dele/dela. Apenas, reflita e, dedique-se a viver sua vida! Viva! 

Eu acredito em amor com alguns poucos meses de relacionamento. Também, acredito em uma relação de amor que foi construída em anos. Amores mais bonitos do que alguns de anos, amores de outras vidas, escorrendo pelos poros. Sem esse papo de que tudo recente é paixão e amor é rotina. 


Paixão é carne, amor é alma, independente do tempo. 


Odeio quem teima em rotular o que o outro está sentindo, mal sabe o que é quem tem no peito, na cabeça ou nos sentimentos. 
Tudo que nos faz feliz dá certo, mesmo que por um dia, uma semana, um mês. Tudo faz crescer, deixa o jardim mais bonito no fim das contas. Lógico, saiba conduzir o "seu jardim". Só nascerão frutos bons e gostosos se você possuir uma identidade forte e consistente. E quem é esse tal de pessoa certa, afinal?
Ninguém é errado, somos todos vítimas de encontros e desencontros. Seu certo não me agrada e vice-versa. 
Há os que possuem mania feia de jogar tantos dias incríveis no lixo, isso em segundos! Depois, a mágoa chega. Fez-te chorar, mas te fez sorrir tanto, foi bom enquanto durou, foi certo e só, foi. Só passou e isso não quer dizer nada. Estupidez!

Sou da mania chata de relacionar amor com contos de fadas e o maldito feliz para sempre. Preciso aceitar a realidade! Normalmente, parece que a felicidade e o amor não andam de mãos dadas...
Afinal, a utopia do "Final Feliz" não é enquadrada em nenhuma realidade. Só quando um companheiro morre e o outro vive, ou os dois morrem. Igual a vida de meus avós! Foram muito fofos.



Se Amor se relaciona com Felicidade, então, sem complemento, sem prazo. Nem sempre, sem fim.

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