Rir é correr risco de parecer tolo. Chorar é correr
o risco de parecer sentimental. Estender a mão é correr o risco de se envolver.
Expor seus sentimentos é correr o risco de mostrar seu verdadeiro eu. Sua identidade. Defender
seus sonhos e ideais, diante da multidão, é correr o risco de perder as pessoas.
Amar é correr o risco de não ser correspondido. Viver é correr o risco de
morrer. Confiar é correr o risco de se decepcionar. Conseguir é correr o risco de
fracassar. Mas, os riscos devem ser corridos, tomados, apurados, contabilizados. Porque o maior perigo é não
arriscar. Possuir nada.
Há pessoas que não correm nenhum risco. Não fazem nada, não têm
nada e são nada. Elas podem até evitar sofrimentos e desilusões, mas elas
não conseguem nada, não sentem nada, não mudam, não crescem, não amam, não
vivem. Acorrentadas por suas atitudes, elas viram escravas, privam-se de sua
liberdade. Somente a pessoa que corre riscos é livre. Ou, um aventureiro.
Às vezes, um sorriso falso pode ser um consolo para
nós mesmos. Às vezes, não damos valor aos amigos, aos familiares, as pessoas que
amamos, mas quando perdemos, vemos o quanto eles fazem falta. Saudade. Ah! A
saudade.
Ela dói tanto que às vezes queremos tirar alguém dos nossos
pensamentos para ficarmos bem. A solidão pode ser o melhor remédio ou a pior
droga, depende do momento. Chorar é como tirar um peso da consciência com as
mãos. É criar nos olhos o suor de uma emoção passada e que, talvez, há esperanças de acontecer novamente. Ou, pode nos render simplesmente mais dor de cabeça ainda.
Bom mesmo é
amar, sorrir, cantar, viver como se não houvesse o amanhã. É andar por aí de
cabeça erguida, ser você mesmo. Amar os amigos, fazê-los bem, para que você se
sinta bem também.
Afinal, viver é correr riscos, sem ter a noção de
que estes estão ali, a espreita. Porque se preocupar é correr o risco de não
tentar.
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