Pensar que quando a vida está calma e tranquila, algo
útil e fútil lhe tira da monotonia, atira fora de sua zona de conforto, pega-lhe
desprevenido, sujeita-o ao incômodo, inconforto, incomum...
Mesmo que seja por um momento, imagino um dia em
que todas as pessoas tivessem o direito de ser feliz, para ter a oportunidade
de sentir o que realmente desejam e acreditar que sonhos não são bobagens. Às
vezes, você percebe que as aparências enganam e você pode sofrer muito com isso.
A vida é feita de surpresas onde sua missão é viver, alguns momentos
podem durar tão pouco e ficar na sua memória por muito tempo, algumas pessoas
podem fazer pouca parte da sua vida e ser considerada pra sempre. Algo pouco,
que dura muito, intensamente. Mas, faz jus às “linhas tortas e distorcidas” em
que há encontros e desencontros, em que a vida a dois e paralela é um horizonte
míope e estrábico, difícil de enxergar e de auferir em um mundo tão
despreparado, dissimulado e sem compromissos...
O tempo é uma coisa que não permite voltar para trás, então só me
arrependo do que não fiz, aproveito cada segundinho da mísera vida. Simples,
singela. Sem apegos e sem preconceitos. Para ficar guardado eternamente em
minha memória. Um baú grande e volumoso que junta poeira e pó. Pó que o
vento-tempo tem mania de assoprar e deixar cair. Ou em espaços do esquecimento,
ou em espaços de um móvel, algo móvel. Destino. E fazer se perder e espairecer.
Distrair-se naquilo que a carne se satisfaz. Naquilo prazeroso. Naquilo fugaz e
não tem jeito de sentir ou deixar preso nos braços.
Jogo de prazer, sedução, tristezas e felicidades. Sex is the game, love is
the name. Forget the name and Play the game. Jogo o jogo da vida. Se for preciso, deixarei de ser emotivo, para ser
racional. Ou, então, deixarei de ser racional, para ser emotivo.
Com o tempo, aprendi que errar é humano, que todos nós erramos e que, às
vezes, mesmo certos, temos que abaixar a cabeça e pedir desculpa; e que, às
vezes, é preciso ouvir o que as pessoas têm a dizer. Com o tempo, aprendi a
jogar nessa vida, aprendemos que a cada tombo é preciso levantar de cabeça
erguida. Aprendemos que nem todas as manhas são de manhã, e nem as manhãs são
de sol, e que nem sempre tudo na vida é como nós queremos ou pedimos.
Com o tempo, conheci pessoas, e descobri sentimentos; com o tempo,
aprendi a dar valor a cada segundo que tenho, pois aprendi que em um segundo
tudo pode mudar. A vida passa e descobri quem são meus amigos verdadeiros; e,
às vezes, que pessoas desconhecidas te valorizam mais do que as que estão todos
os dias com você. Com o tempo, errei, mas, também, acertei e, mais cedo ou mais
tarde, aprendi que tenho que aceitar cada um como é. E que ninguém é de
ninguém; ninguém é melhor do que ninguém pelo menos nessa vida.
Com o tempo, a própria vida vai ensinar como viver. O simples se torna
essencial. O verdadeiro se torna eloquente. Gradativamente, em seu tic-tac
monótono, sem parar.
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