quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Educação à vista!


É interessante observar a evolução do ensino e aprendizagem. O papel do professor vem modificando e transformando realidades dia após dia. O professor é o grande agente no processo educacional o qual, a partir da troca de afeto e cumplicidade entre e com seus alunos, faz com que o conhecimento se engrandece e não se perca. Uma vez cúmplices, a troca é mútua.

O professor, ao longo do tempo, vem possuindo novos estereótipos e, com isso, novos desafios para com que intensifique seu papel no meio social. De detentor da informação, o professor passa para divulgador da informação. Ele era destinado a ensinar aquilo que conhecia somente para um grupo específico de pessoas, no caso, nobres e burgueses, e ensinava aquilo que era obrigado a ensinar como seguia as tradições familiares da época, sem contrariar com ideias ou pensamentos.

Passando de uma posição acessória para necessária e fundamental, o papel do professor começa a se valorizar. Grupos menores e distintos daqueles que estavam no poder, sentindo-se prejudicados, começam a se questionar e a querer entender o sistema em que estavam inseridos. A medida que a educação não é mais individualizada e designada a uma parcela da sociedade, o Estado adquire mais uma responsabilidade e o professor deixa de ser coadjuvante e passa a ser um divulgador da informação e mediador de conflitos, passando a protagonista e criando a sociabilização do conhecimento.

Não só o professor vem mudando como, também, o ambiente escolar, gradativamente. Hoje, pessoas com culturas, etnias e raças diferentes frequentam o mesmo ambiente. A tradição teve que ser pensada e o respeito teve que ser ensinado e processado. A globalização é a consequência de que o mundo está interligado, está aberto para o novo e desconhecido. Existe um momento na história em que toda a nação está tão acordada, que começa a sonhar. Junto com esse novo país, existe uma nova geração. Essa geração nasceu em um país sem ditadura, sem o medo da inflação e com a sensação de uma crescente prosperidade econômica. Sem limites físicos ou sociais. Conectado com o mundo, cada dia mais digital, exercita uma nova maneira de se relacionar. Um mundo sem fronteiras onde a tecnologia permite trocas em múltiplos tempos e espaços. Pessoas alienadas não se desenvolvem e ficam para trás, perdidas, em um ambiente com novos desafios e mais complexo. E, requer preparação. A tecnologia oferece buscas rápidas, fonte de dados intermináveis, processamentos quase que imediatos; e, a cada nova geração, a facilidade de se obter conhecimento fica mais fácil e próximo.

O modelo de escola de transmissora do conhecimento teve que ser reformulado, e não pára por aí: dia após dia, novos projetos e modelos são inseridos e experimentados a fim de criarem um ambiente afetivo e diplomático. A escola, juntamente com o professor, instiga o conhecimento promovendo no aluno, ainda mais, a curiosidade ao conhecimento. Apesar de não termos um projeto inspirador, a educação deixou de ser uma questão dos brasileiros, no geral, e se tornou propriedade dos funcionários da escola e professores. Agora, são semeadores do conhecimento, só a transmissão não é o suficiente; as novas gerações carecem de incentivos para a busca, uma vez que, para elas, o mundo tecnológico já está pronto, em fase de aperfeiçoamento. O conhecimento específico se torna amplo e a necessidade de se criarem dúvidas faz mover o conhecimento para a prática.

Nenhum comentário:

Postar um comentário